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quarta-feira, 29 de julho de 2009

PINTOR CEGO CONFRONTA CIÊNCIA E MISTÉRIO DA VIDA



O jornalista Milton R. Medran Moreira trouxe, na edição impressa do jornal Zero Hora, de Porto Alegre (RS), um artigo interessante, propondo uma interpretação filosófico-espírita para o fenômeno do pintor turco cego nascença, Esref Armagan. A história, revelada pela Discovery Channel, vem de Ankara, a Turquia, país no qual Esref nasceu cego, há 53 anos, e onde é comparado ao arquiteto Filippo Brunelleschi, por dominar a difícil arte da perspectiva. Ele pinta casas, barcos, pássaros e borboletas, embora ele nunca tenha visto de fato quaisquer destas coisas. Ele pinta com cores vivas, embora jamais tenha visto cor, luz ou sombra. Durante os anos, Armagan desenvolveu os próprios métodos dele por criar a arte e ninguém o ensinou ou descreveu que técnicas para usar. Ele começou com lápis e antes dos 18 anos estava pintando com os dedos, primeiro em papel e depois em telas comuns. Hoje em dia, ele trabalha principalmente com acrílico de secagem rápida.

Depois de exibir seu trabalho em mais de vinte exposições na Turquia, Holanda, a República Tcheca e China, Armagan surpreende os estudiosos ao colocar em xeque nosso conhecimento de quanto as pessoas cegas podem entender sobre nosso plano visual. O psicólogo John Kennedy, diretor de Ciências de Vida na Universidade de Toronto, pesquisa a psicologia de percepção e cognição em pessoas cegas, e submeteu o artista a bateria de testes nos quais ele puxou uma série de objetos sólidos, inclusive um cubo em perspectiva. Testes adicionais, no laboratório de Neuroscience de Universidade de Harvard, demonstraram que Armagan misteriosamente ativou seu córtex visual, recrutando-o através de outros sentidos. Como último desafio, o médico levou o pintor à Itália para confrontá-lo com a obra-prima da perspectiva de Brunelleschi, o Batistério de Florença. E Armagan novamente surpreendeu, reproduzindo com outros sentidos (e em perspectiva), as formas do prédio à sua frente, que jamais viu, mas que "visualizou" somente por meio de uma maquete.

Esta história surpreendente revela que o cérebro tem o potencial para se adaptar, de acordo com as necessidades individuais. A habilidade do cérebro para reorganizar suas funções baseado em informação nova e experiências estão definidas como plasticidade de neural.
Pois é nesta perspectiva que entra a análise de Milton Medran, que explica o fenônemo a partir de uma frase conhada por Aristóteles : "nada está no intelecto que não tenha primeiro passado pelos sentidos". Ou seja: é pela visão, pelo tato, pelos sentidos corporais, enfim, que adquirimos o conhecimento. Sem experienciar, nada aprendemos. E é assim que nasceu a arte de Armagan, que toca nas flores, nas plantas, nas pessoas e, depois, reproduze-as.

Para o jornalista, porém, "o pintor que nasceu sem os olhos nem sempre teria sido cego. Sua alma, antes de aprisionar-se ao corpo, percebera e retivera as imagens que hoje pinta mesmo sem as ver. Para os neurocientistas, no entanto, há um campo no cérebro onde se formam as imagens captadas pela visão. Quem não enxerga, como Esref, pode suprir isso com os outros sentidos, especialmente o tato, formando, naquela mesma área cerebral, as imagens que consegue reproduzir em tintas com seu pincel".

Minton Medran, que também é diretor de Comunicação Social do "Centro Cultural Espírita de Porto Alegre", conclui que o mistério por trás do "inexplicado" encontra justificativa na lei das vidas sucessivas e pelas reminiscências que delas guarda a alma ou espírito. "Uma lei em tudo racional, capaz de interpretar o fenômeno Esref. Mas para aceitá-la será preciso enfrentar dois dogmas da pós-modernidade: o de que a alma não existe, e o de que se, vá lá, possa existir, é coisa que deve ser aprisionada no quarto escuro do mistério e da fé", finaliza.

Marcos Grignolli

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terça-feira, 28 de julho de 2009

A FELICIDADE É UMA PERGUNTA SEM RESPOSTA

Essa é uma pergunta que já tirei há muito tempo da cabeça, justamente porque não sei respondê-la. Não sou o único. No decorrer de todos estes anos, convivi com todo tipo de pessoas: ricas, pobres, poderosas e acomodadas. Em todos os olhos que cruzaram com os meus, sempre achei que estava faltando algo. Algumas pessoas parecem felizes: simplesmente não pensam no tema. Outras fazem planos: vou ter um marido, uma casa, dois filhos, uma casa de campo. Enquanto estão ocupadas com isso, são como touros em busca do toureiro: não pensam, apenas seguem adiante. Conseguem seu carro, às vezes conseguem até sua Ferrari, acham que o sentido da vida está ali, e não fazem jamais a pergunta. Mas apesar de tudo, os olhos traem uma tristeza que nem estas pessoas sabem que tem.

Não sei se todo mundo é infeliz. Sei que as pessoas estão sempre ocupadas: trabalhando além da hora, cuidando dos filhos, do marido, da carreira, do diploma, do que fazer amanhã, o que falta comprar, o que é preciso ter para não sentir-se inferior, etc.

Poucas pessoas me disseram: “sou infeliz”. A maioria me diz “estou ótimo, consegui tudo o que desejava”. Então pergunto: “o que lhe faz feliz?” Resposta: não há resposta. Mudam de assunto. Mas sempre existe algo escondido: dono de empresa que ainda não fechou o negócio que sonhava, a dona de casa que gostaria de ter mais independência ou mais dinheiro, o recém-formado se pergunta se escolheu sua carreira ou a escolheram por ele, o dentista queria ser cantor, o cantor queria ser político, o político queria ser escritor, o escritor quer ser camponês.

Posso apostar que todo mundo está sentindo a mesma coisa. Folheio as revistas de celebridades: todo mundo rindo, todo mundo contente. Mas como freqüento este meio, sei que não é assim: está todo mundo rindo ou se divertindo naquele momento, naquela foto, mas de noite, ou de manhã, a história é sempre outra. “O que vou fazer para continuar aparecendo na revista?” “Como disfarçar que já não tenho dinheiro o suficiente para sustentar meu luxo?” “Ou como administrar meu luxo fazê-lo maior, mais expressivo que o dos outros?”

Enfim, fico com os versos de Jorge Luis Borges: “Já não serei feliz, e isso não importa/ há muitas outras coisas neste mundo”.

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

CHICO XAVIER: ACOMPANHE O DIA-A-DIA DAS FILMAGENS

No mês passado (dia 30/06) o movimento espírita marcou o sétimo ano sem a presença de Chico Xavier, morto durante as comemorações da Copa do Mundo de 2002, vencida pelo Brasil. E o aniversário de morte do médium coincidiu com o início das filmagens do longa, dirigido por Daniel Filho. As primeiras cenas foram rodadas neste fim de semana no Rio de Janeiro e seguem por Minas Gerais e São Paulo. “Chico Xavier” tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010, justamente o ano de seu centenário.Dois conhecidos atores se revezam no papel principal. Ângelo Antônio vai reviver Chico em sua versão jovem e Nelson Xavier, na fase como o já consagrado médium brasileiro. Quem assina o roteiro é Marcos Bernstein (de “Central do Brasil”), baseado no livro "As Vidas de Chico Xavier", do jornalista Marcel Souto Maior. Veja aqui entrevista completa com o diretor Daniel Filho e o ator Nelson Xavier.

“Desde o início, Marcos encontrou o tom da narrativa e soube traduzir a força e a complexidade do personagem, um homem idolatrado por milhões de brasileiros e questionado ou menosprezado por outros tantos”, explica Marcel. Aos céticos, o jornalista (que não é espírita) adverte: "Chico acreditava na própria mediunidade e sua fé transformou – e salvou – vidas por todo o Brasil. Isso é o que importa”. Um dos religiosos mais amados do país, Chico psicografava mensagens e retransmitia as palavras de esperança e consolo que recebia dos espíritos. São exatamente essas cartas originárias do além a prova de que o médium participava de fenômenos que vão além da normalidade.

“Chico Xavier merece todo nosso respeito por tudo que ensinou durante sua vida. Podemos classificá-lo como um telepata extraordinário, um superparanormal, pois apresentava diversos fenômenos que classificamos como fora do comum. As cartas psicografadas por ele traziam uma riqueza de detalhes impressionante”, afirmou Rogelio Raquel, presidente do Instituto Nacional de Parapsicologia e Psicometafísica (INPP), com sede em Londrina (PR).

E para ajudar na divulgação do filme, seguindo a lição do diretor Fernando Meirelles, que revelou os bastidores de Cegueira (Blindness) em um blog, o diretor Daniel Filho e a diretora de mídias de internet, a cantora Olívia Byngton criaram o Blog Oficial Chico Xavier - O Filme, escrito pela jornalista Patrícia Paladino. Ela foi indicada por Marcel Souto Maior, autor do livro "As vidas de Chico Xavier", para acompanhar, passo a passo, os bastidores de Chico Xavier desde o início das filmagens. As fotografias são de Ique Esteves, que documenta diariamente o set de filmagens. O espaço mostra imagens dos bastidores, detalhes da produção e conta um pouco da rotina das pessoas que trabalham atrás das câmeras.

Para saber mais, acesse os links no final da postagem e veja abaixo vídeo com reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, realizada em 1979, quando Chico Xavier diminuiu suas atividades por problemas de saúde.




Veja todos os canais para acompanhar o filme "Chico Xavier":

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