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sábado, 17 de novembro de 2007

A HISTÓRIA DA LETRA : LENDA E REALIDADE

Esta canção, de autoria de Edson Trindade (1973) e sucesso na voz de Tim Maia, pode ser vista com outros olhos. Primeiro confira a letra :

"Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar

Você marcou a minha vida
Viveu morreu na minha historia
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate

E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Eu corro e fujo destas sombras
Em sonhos vejo esse passado
E na parede do meu quarto
Ainda esta o seu retrato
Não quero ver para não lembrar
Pensei até em me mudar

Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você..."


Ao contrário do que insinua o texto, pode não se tratar de mais uma história de um homem abandonado pela mulher que amava. Circula pela internet a informação de que o autor queria homenagear a filha, falecida. Todavia, não há informação concreta de que o compositor Edson Trindade, falecido em 05/02/1993, tivesse perdido alguma filha, ao contrário de Tim Maia (Sebastião Rodrigues Maia), que perdeu uma filha quando esta tinha 15 anos, num acidente de carro.

Embora só viesse a ser gravada em 1973, no LP "Tim Maia", “Gostava Tanto de Você” é do final dos anos 50. A música fez muito sucesso já naquele ano. O compositor Edson Trindade era amigo de Tim Maia desde 1957 quando participaram juntos do conjunto de rock "Os sputnicks" e, em 1958, do conjunto "The snakes", junto com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Arlênio Gomes.
Logo, a história de que a letra da música homenageia a filha falecida do autor pode ser mais uma das muitas lendas que circulam na rede de computadores. A única hipótese possível é de que Trindade, que figura como único autor, tenha composto letra e música especialmente para homenagear a filha do amigo cantor. O texto aqui vale apenas como referência e homenagem, já que é lançado este mês, pela Editora Objetiva, a biografia do músico ("Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia", de Nelson Motta). Veja vídeo da entrevista com o jornalista e produtor musical.

(A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jaime Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

1 comentários:

Anonymous disse...

Já eu li em um artigo (pena que não me lembro o qual pois já faz muito tempo) que essa letra teria sido uma carta que Tim Maia, encontrou em uma lápide de um cemitério. A estória seria a seguinte. Tim, teria ido ao cemitério onde está sepultada sua filha, lá encontrou um rapaz que chorava, ajoelhado e lendo uma carta em frente a uma lápide. Pouco tempo depois esse rapaz foi embora, deixando a carta, Tim foi ver de quem seria essa lápide, mas não encontrou nada que pudesse identificar quem estaria enterrado naquele túmulo. A tal carta não estava identificada, assim Tim a gravou esperando que quem a escrevesse viesse exigir os direitos autorais, mas ninguém a reclamou.
É claro que isso pode ser somente uma simples lenda, pois não devemos acreditar em tudo que lemos, mas até então, era essa a única versão que eu sabia dessa letra...