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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ACORDAR TODO DIA É MUITO DIFÍCIL

"Sei o que sente essa pessoa que não consegue receber uma mensagem de seu amor. Meu irmão partiu em 2004 e meu esposo partiu há 2 anos e 11 meses. É muito dolorido, muito angustiante tentar receber uma mensagem e ela não chegar... Me sentia sozinha, como se ele tivesse me esquecido e seguido sua vida, como seu eu não fosse mais nada para ele. Em Março desse ano recebi uma mensagem no Perseverança em São Paulo e em Agosto em Uberaba através do Bacelli. Meu coração ficou em paz. A saudade é muito grande, mas a mensagem me trouxe a certeza de que ele não me esqueceu, e que sempre estará comigo(assim ele disse na msg). Fico triste quando escuto as pessoas dizerem, para deixar, seguir minha vida, mudar de casa, sair, arrumar outra pessoa...Ninguém vai substituir o meu amor...mudar de casa, de País não vai me fazer esquecê-lo... Me sinto muito perdida, não tenho mais sonhos...expectativas...não sei o que estou fazendo aqui....continuo ,trabalho,tento viver a vida em família da melhor maneira possível, mas acordar todo dia é muito dificil...Quem sabe o tempo...Fique em paz!!!" Angela (Comentários do Blog)

Até onde vai a sua capacidade de amar? Por quanto tempo você continuaria a amar alguém que desaparecesse de sua vida? Foi a inimaginável condição de amar daquela mulher chinesa que chamou a atenção de uma jornalista. Quando entrou em sua sala, para a entrevista, as roupas tibetanas que portava exalavam um cheiro forte de pele de animal, leite azedo e esterco. A túnica tinha bolsos internos para livros e dinheiro. O lado de dentro da cintura da túnica escondia dois grandes sacos de couro, destinados a acondicionar comida para as viagens.

Ela havia se casado nos idos de 1958. Menos de 100 dias depois, seu marido, um médico do exército chinês de libertação do povo, foi mandado para o Tibete. Dois meses depois, ele foi dado como perdido. A jovem esposa de 26 anos se recusou a aceitar a sua perda daquela forma e decidiu partir à sua procura.

Por onde andaria seu amor? Teria ela que resgatá-lo de alguma condição muito ruim? Decidida, se juntou ao exército, na qualidade de médica. Era a única forma de viajar para o Tibete, naqueles anos difíceis. Shu Wen se tornou budista tibetana e procurou seu amor, durante 30 anos. Experimentou o que era viver em silêncio, experienciou severas condições de vida, sentiu-se esmagar pela altitude, pelo vazio da paisagem...

O que terá sofrido aquela jovem, enquanto os anos lhe amadureciam a personalidade e lhe deixavam áspera a pele e trêmulas as mãos? Trinta anos de peregrinação por regiões inóspitas, enfrentando frio, fome, solidão. Sempre adiante. Uma mulher que aprendeu a se defender do tempo, da maldade e alimentou a sua busca com a doçura do amor reservado para quem era o objeto de todas suas andanças: o marido.

Nesses dias, em que os relacionamentos conjugais parecem tão frágeis e se desfazem por tudo e por nada, o exemplo dessa mulher leva a concluir que o verdadeiro amor não morre nunca. O verdadeiro amor tudo vence, porque guarda a certeza de que o ser amado é credor inconteste de sua dedicação, paixão, luta e esperança.
A partir de texto do Momento Espírita ("Um amor além do tempo")

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