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domingo, 21 de dezembro de 2008

SALVAMENTO NO UMBRAL E CARTA ÀS MÃES

Esta é a oitava postagem com trechos do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto.

O salvamento no Umbral é a parte prática das aulas da Universidade. Saímos todos os dias de treinamento para por em prática nossos ensinamentos. Nosso grupo tem como objetivo resgatar jovens desencarnados na cidade de São Paulo. O nosso grupo é formado por jovens da Universidade e alguns adultos que não nossos orientadores. Somos orientados a não abordar ninguém, eles se quiserem que nos abordem, o livre arbítrio é integral, sem mais nem menos, você é aquilo que quer ser.

Os Espíritos no Umbral geralmente vivem em bandos, uns escravizando os outros em grande algazarra, tem também os que viveram sozinhos sempre apavorados, pois pensam que ainda estão na Terra. Vamos sempre para o Umbral mediano onde ficam aqueles Espíritos que acabaram de desencarnar, geralmente foram delinqüentes quando encarnados, isto é, não conseguiram o objetivo da encarnação que é a evolução do Espírito. Nosso papel é resgatá-los quando eles quiserem e fazer que eles tomem consciência da missão na Terra que não foi cumprida, para esperar em uma nova encarnação, ou seja, uma nova oportunidade para a evolução do Espírito.

Andamos cantando no Umbral e permitimos que todos nos vejam, pois se nós não quisermos eles não nos vêem. Os que já estão cansados de ficarem no mal nos seguem, levamos todos para o pronto-socorro do Umbral, sempre estão em estado lastimável, sujos, barbados, unhas enormes, roupas sujas e rasgadas e com muita fome. No pronto socorro passam por uma transformação radical, se alimentam, descansam e ai sim que tomam a decisão se querem ou não irem para uma colônia de regeneração apropriada para esses Espíritos. A média é bem alta, de dez Espíritos só dois querem voltar para o Umbral. No Umbral é sempre noite. Fomos para lá em um tipo de ônibus que se chama "amparador", onde o Espírito depois de convertido a Deus sempre dorme com passe que damos e nesse aerobus ou ônibus especial eles ficam confortáveis até chegarem ao pronto-socorro.

Avistamos uma mulher que já se passara muitos anos que estava vagando. Estava com uma aparência de fazer pena, os cabelos grudados por um sebo horrível em pé num lado e o outro grudado na cabeça, a roupa que vestia era um farrapo de estopa velha e suja. Ela chegou na frente de nosso grupo e gritou: "Não agüento mais ficar aqui! O que posso fazer para ficar bem como vocês?" Charlie respondeu: "Se a senhora estiver realmente arrependida de tudo que fez e faz para ficar longe das leis de Deus, ai então a senhora vem conosco e será feliz". Ela respondeu: "Eu vou, mas e meus filhos, eles ficam? Quem vai cuidar deles?" "Não tem quem cuida de quem, aqui é Deus que cuida de todos e cada um de si".

"Como assim?", perguntou. "Os seus filhos foram seus filhos quando todos estavam encarnados na Terra, oportunidade dada por Deus para todos os Espíritos evoluírem, aqui no mundo Espiritual continuamos juntos com a nossa família quando possível, quando todos alcançarem a mesma evolução Espiritual, mas sem a responsabilidade que a senhora tinha por eles na Terra, lá os pais tem grande responsabilidade com os filhos, aqui não, cada um é que tem responsabilidade por si mesmo". A senhora parou, pensou e então falou: "Eu quero começar, a saber, o que é o amor que muita gente fala, nunca me dei esta oportunidade e vou me dar agora". Então nos reunimos a sua volta e todos nós lhe demos passes. Ela acabou adormecendo, a colocamos no "amparador", foi levada para o pronto socorro do Umbral para um check-up geral onde vão ver o que ela mais precisa.

Muitos pensam que ainda tem o corpo físico. Dona Ruth é como ela se chamou na sua última encarnação, continua no hospital, que tem ao lado de uma casa de repouso para adaptação completa do espírito no bem, qualquer probleminha com ela, já está junto do hospital, vai aprender a tirar todas as ilusões que trouxe da encarnação passada, já desencarnou há vinte anos e nada aprendeu, ou melhor, quase nada, pois sempre se aprende alguma coisa. A dificuldade foi passar a maior parte do tempo na implicância, na birra com tudo e com todos, picuinhas que não levam a nada, a não ser ao sofrimento. Toda semana vou visitar D. Ruth, saiu de lá com o coração em festas, saltitante de alegria, como é bom ver a transformação de um Espírito sofredor, em Espírito de luz.

Ontem fomos visitar a colônia onde vivem as crianças. É complicado dizer que a pessoa que desencarna criança, aqui continua criança: o que vale mesmo é a idade do espírito. Nesta colônia de criança que fomos, as crianças cantavam e dançavam. O pátio principal da colônia estava todo enfeitado com balões azuis, rosa e laranja, são balões diferente dos da Terra, são brilhantes e de todos os tamanhos, fazem círculo no ar e ficam enfeitando o céu.

Os grupos recitavam lindos versos, foi uma das coisa mais lindas que já vi aqui neste quase sete meses que estou de volta ao mundo dos espíritos. Quero falar um pouco para as mães que tiveram filhos que desencarnaram crianças.

Mães, seus filhos estão realmente na casa do Pai, não podiam estar melhor, são quase sempre Espíritos de grande luz, que desencarnaram por onde superior, eles não discutem, apenas obedecem, cumpriram seus papéis na Terra. Mães, pais, parentes e amigos, só mandem pensamentos de amor para as crianças desencarnadas. Aqui elas estão protegidas, felizes, brincam, estudam, amam e evoluem. Com o passar do tempo, cada Espírito recupera a sua idade e passam a viver em colônias apropriadas para cada idade, gosto preferências, etc... Ou melhor, a colônia perfeita para cada Espírito, naquele momento, pois estamos sempre em constante evolução. Todas aqui, crianças, jovens ou adultos, ficam na torcida para que nossos familiares que ficaram na Terra se conforme e aceitem a vontade de Deus. Se eles se conformam, todos nós ganhamos muito. Primeiro ganhamos amor, ficamos em paz para nos desenvolverem e curtimos a vida desencarnados.

Na hora em que eles desencarnarem, o reencontro conosco é imediato, somos nós que vamos ajudar a saída do espírito do corpo material. Eu já sei que eu vou participar do desligamento do espírito, quando minha mãe, ou melhor, quando o corpo material que ela veste nesta encarnação, morrer. Não sei quando será, o que importa é que com certeza esse dia chegará e aí a festa do reencontro será perfeita. Não só do desencarne da minha mãe vou participar, mas também do desencarne do meu irmão.

Para receber o livro gratuitamente, em pdf, peça por e-mail

Veja também :
Parte I :
Chegou a minha hora
Parte II : Mãe, quero dizer que te amo
Parte III : A pimeira psicografia
Parte IV : Vejo filhos chorando de desespero...
Parte V : Seus filhos vivem com Deus...
Parte VI : As noites de setembro são como colo de mãe
Parte VII:
Sou desencarnado e desencanado
Família Lapenda: uma história de amor

Entrevista de Helena Lapenda a Luiz Gasparetto

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