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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

'SÍNDROME DO PÂNICO' : SENSAÇÃO DE MORTE


Vítimas desse distúrbio lotam os consultórios de psiquiatras e psicólogos em busca de soluções para um medo capaz de tornar a vida insustentável. Afinal, a síndrome provoca medo desproporcional e paralizante. Cada vez mais gente vem sendo diagnosticada pelos especialistas como portadores do mal. “A doença alcançou seu pico e, no meu ponto de vista, ninguém está livre de sofrer dela”, avalia o psiquiatra Paulo Gaudêncio, colunista da revista Nova.

Os estudos revelam que as mulheres entre 20 e 35 anos são as mais atingidas. “É nessa fase que as pessoas sofrem mais pressões profissionais e pessoais”, explica a psicoterapeuta. Hoje, já se sabe com exatidão que até 70% das causas da doença são genéticas, enquanto as 30% restantes estão relacionadas ao uso de drogas, remédios e fatores ambientais — entre eles (adivinhe!) o stress.

Os homens também não estão escapando da tormenta e já são igualmente engolidos por esses tsunamis de terror. Curioso é que, no passado, a proporção era de duas de nós para cada um deles. “Por causa do machismo, muitos não queriam admitir que tinham a doença, achando que era sinônimo de fraqueza”, opina Rosana Laiza, presidente da Associação Nacional da Síndrome do Pânico.

Como classificar o medo regular do pânico
“Qualquer pessoa pode experimentar essas mesmas sensações de angústia durante um assalto, um vôo com turbulência ou um acidente de carro, por exemplo, mas só quem sofre da doença tem um ataque de pânico sem motivo concreto”, esclarece o psiquiatra Sérgio Tamai, chefe do departamento de psiquiatria e psicologia médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Em outras palavras, no “transtorno do pânico”, como é chamado pela ala médica, ocorrem crises de ansiedade sem que de fato exista uma situação de perigo. “São ataques aleatórios que surgem de maneira inesperada”, explica a psiquiatra Laura Guerra, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que coordena nesse momento a versão brasileira de um estudo mundial sobre o tema promovido pela World Mental Health Survey.

Quem sofre de pânico cobra muito de si e dos demais, é perfeccionista, centralizador e vive tenso, segundo Rosana. “Então, se essas características fazem parte da sua personalidade, você deve procurar uma vida mais equilibrada a fim de diminuir as chances de desencadear o transtorno”, recomenda.

Antes que o mal cresça, os especialistas recomendam as seguintes providências:

Tomar remédios sob orientação médica
“Antidepressivos ajudam a diminuir as crises, mas precisam ser ingeridos durante um ano para evitar as recaídas”, orienta o psiquiatra Márcio Bernik. Vale lembrar que a automedicação é perigosa e pode agravar o quadro. Consultar um especialista é imprescindível, pois novas substâncias salvadoras surgem a cada dia.

Buscar ajuda
“A psicoterapia auxilia o paciente a descobrir que tipo de crença interior pode apresentar relação com os sintomas”, explica Laura.

Cuidar da alimentação
É possível diminuir a intensidade dos ataques com hábitos simples. “Um deles é diminuir o consumo de substâncias estimulantes, como cafeína e chocolate”, diz Tamai.

Mexer o corpo
“Fazer exercícios e aprender técnicas de relaxamento também colabora bastante para manter a calma durante as crises”, sugere Bernik.

Dividir o problema
Em São Paulo, a Associação Nacional da Síndrome do Pânico (www.associacaonsp.com.br) organiza grupos de auto-ajuda e oferece tratamento psicológico. “Quem não consegue sair de casa pode assistir às palestras por vídeo”, afirma a psicoterapeuta Rosana Laiza.
Abril Notícias. Leia texto original

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