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sexta-feira, 22 de maio de 2009

CENTRO PRECISA DE DOAÇÃO DE LIVROS ESPÍRITAS

É incomum expor neste espaço pedidos de auxílio, seja por qualquer razão, mas conhecemos o trabalho da Associação Espírita Caridade, situada na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. Naquela cidade, a entidade fica em Guajuviras, a periferia mais carente e violenta daquele estado. Trata-se de uma casa espírita jovem, com apenas doze anos, mas o trabalho primordial tem sido divulgar a doutrina espírita entre pessoas acostumadas à violência, aos vícios e à miséria.

Segundo Rita Nunes, integrante do Departamento de Comunicação (Decon), "temos a preocupação de instruir, conscientizar todos aqueles que nos procuram em busca de auxílio. Buscamos orientar a todos que sem reforma íntima, sem educação e compreensão, a procura por nós será de pequena ajuda". A Associação Espírita Caridade tem feito bom trabalho, mas nada fácil. Contam com poucos recursos e por isso estão pedindo a contruibuição de livros que possam auxiliar sua biblioteca, para que todos nesta comunidade possam ter acesso e instruirem-se. Quem puder ajudar pode entrar em contato com o Departamento de Comunicação do CEC ou com o blog.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

ESPIRITISMO NÃO SE CONFUNDE COM APOMETRIA

O médico carioca residente em Porto Alegre, José Lacerda, desde os anos 50, espírita que era então, começou a realizar numa pequena sala do "Hospital Espírita de Porto Alegre", chamada "A Casa do Jardim", atividades mediúnicas normais. Com o tempo ele recebeu instruções dos espíritos e realizou investigações pessoais que desaguaram em um movimento ao qual ele deu o nome de Apometria. Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria porque eu não sou apometra, eu sou espírita o que posso dizer é que a apometria, segundo os apometras, não é espiritismo. Porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de "O Livro dos Médiuns".

Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não pratico a apometria, mas segundo os livros que tem sido publicados, a apometria, segundo a presunção de alguns, é um passo avançado do movimento Espírita no qual Allan Kardec estaria ultrapassado. Allan Kardec foi a proposta para o século XIX e para parte do século XX e a apometria seria o degrau mais evoluído. Tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em absoluto.

Na prática e nos métodos de libertação dos obsessores a violência que ditos métodos apresenta, a mim, a mim pessoalmente me parecem tão chocantes que fazem recordar-me da Lei de Talião que Moisés suavizou com o Código Legal e que Jesus sublimou através do amor. Quando as entidades são rebeldes os doutrinadores depois de realizarem uma contagem cabalística ou de terem o gestual muito específico expulsam pela violência esse espírito para o que chamam de magma da Terra. O colocam, mentalmente, em cápsulas espaciais e disparam para o mundo da erraticidade.

Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio na minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico ou ser desintegrado, eu renegaria àquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão. Com qual autoridade? Quando Jesus disse que o seu reino é dos miseráveis.

A Doutrina Espírita centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas para nós espíritas merecem todo respeito, mas não tem nada a ver com espiritismo. Seria o mesmo que as práticas da Terapia de Existências Passadas nós realizarmos dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, fugindo totalmente da nossa finalidade. A Casa Espírita não é uma clínica alternativa, não é lugar onde toda experiência nova vai colocada em execução. Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos, primeiro, não conhecem as bases Kardequianas.

Então se alguém prefere a apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito! Mas não misture para não confundir. A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância. Então os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles. Que sejas como conosco quando nós éramos maus e ainda somos aqui com nós. Basta que alguém nos pise no calcanhar ou nos tome aquilo que supomos que é nosso, para ver como irrompe a nossa tendência violenta e nós nos transformamos de um para outro momento.

Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudo-científicos. Não temos nada. Mas como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita. E da minha condição de Espírita, os resultados tem sido todos colhidos da árvore do amor e da caridade. Não entrarei no mérito dos métodos, que são bastante chocantes para a nossa mentalidade espírita, que não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos, porque a única força é aquela que vem de dentro. Para esta classe de espíritos são necessários amor, caridade e oração.

Divaldo Franco
Trecho de depoimento à Rádio Boa Nova (Agosto/2001)
Imagem: curso de apometria em São Paulo (fevereiro de 2008)

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segunda-feira, 30 de março de 2009

CRIANÇAS ÍNDIGO, CATÁSTROFES E OS ESPÍRITAS

"Minha cunhada começou a estudar e a frequentar um centro kardcista de São Paulo, fui algumas vezes com ela, mas não consegui criar afinidade. Essa mesma cunhada me procurou esse domingo, me dizendo que foi convocada para uma reunião com todos os trabalhadores do centro. Essa reunião foi presidida pelo mentor espiritual da casa e o motivo dessa convocação era para informar de uma catástrofe que estava prevista para 2013, mas que será antecipada para 2010. Achei muito estranhos os dados que ela me passou, e a proporção da tragédia também, achei tudo meio fantasioso. Me fez refletir sobre o assunto e perguntei, para que então os espíritos estariam passando uma informação, se ela disse, que eles já a dão como irreversível. Ela me disse que o tal mentor, disse, que nós aqui da terra estamos atrapalhando o desenvolvimento de outros planetas e que por isso ocorreria uma tragédia que se abateria por toda a costa brasileira e outros continentes. Já ouvi especulações e previsões sobre o mesmo assunto, para anos diferentes, mas nunca assim transmitida por um centro.
Ela me falou que o próprio mentor disse que é de conhecimento de outros centros essa informação e então decidi me informar. A.O.
Embora não seja adepto de polêmicas tão caras ao meio espírita, a mensagem de nossa leitora A.O. e outros visitantes, tratando do mesmo tema, me obriga a fazer algumas ponderações. As chamadas previsões a que se refere surgiram no meio espírita há alguns anos e vem se espalhando como um e-mail viral, apoiado em meias verdades e muita fantasia. Trata-se de um “que” de fanatismo ão e muito de falta de bom-senso ou estudo crítico, caracteres fundamentais do Espiritismo defendido por Kardec e que é a corrente com a qual me identifico e defendo. Tais males, comuns a diversas religiões, manteve-se afastado do Espiritismo, mas invadiu as mentes com força a partir do momento em que as divergências na doutrina fizeram surgir grupos tão ímpares.

Estas “previsões” não são nenhuma novidade e tais eventos têm sido previstos e estudados há séculos por diversos grupos espiritualistas. Mas agora eles têm sido anunciados por espíritos supostamente confiáveis. Resumindo, o que dizem é que o planeta passará por mudanças incríveis nunca vistas antes. Dizem que a geografia do planeta passará por profundas alterações. As pessoas terão maior tendência para o espiritual e para a mediunidade. Espíritos mais perfeitos já começam a encarnar em nosso meio (a polêmica das “crianças índigo”). Espíritos retardatários que não aproveitarem bem sua última encarnação, terão que encarnar em planeta inferior à Terra. A própria física conhecida sofrerá mudanças. Isso para resumir o que tem sido falado a respeito.

Isto não passa de uma verdade parcial e que resume-se à ciranda de evolução do ser humano e do próprio planeta. Todos nós nascemos e renascemos para aprender e evoluir e, sendo a Terra nossa residência, evidentemente também passará por reformas e melhorias. Nada de anormal. Nesta esteira, surgem, como sempre os vanguardistas que gostam de propagandear “novos conhecimentos” e os inevitáveis e indesejáveis “gurus”, que aproveitam-se de maneira consciente ou não do interesse e do pânico gerados.

Um deles chama-se Albertino Saloio, um suposto médium português de Figueira da Foz e que apresenta-se como “parapsicólogo” e “profeta do século 21”. Desde 2005, ele vem divulgando previsões e fundando suas idéias em uma série de tragédias pinçadas aqui e ali (ataque às Torres Gêmeas, tsunamis e os grandes incêndios) e que, a seu entender, justificariam novas e inevitáveis catástrofes. Segundo ele, o mundo está “convalescente” e “a ganância do lucro dum capitalismo neoliberal, a ganância das forças do mal”, levarão ao que chama de “novo holocausto”. Segundo a “Mãe Diná de Portugal”, “meteoritos ou outros corpos celestes” se chocarão com a Terra e haverá “tremores de terra, ondas gigantes, a partir do ano 2010, para terem uma melhoria a partir do ano 2016”. Mas adverte : “ninguém espere bons tempos durante estes anos que ainda faltam”.

Confuso, junta às suas previsões o discurso moralista da existência da Aids como “castigo” de Deus e tem coragem de incluir neste impensável balaio de desgraças até mesmo a “gripe aviária” que atingiu a China há pouco mais de quatro anos. Por aí vai seu pensamento irresponsável, mas sequer vale a pena reproduzi-lo...

Pena, no entanto, que não seja único. Na Rússia, um jovem chamado Boriska, um reconhecido superdotado, passou a ser encarado como um ser especial, capaz de antecipar o futuro, curiosamente recheado de desgraças. Ele nasceu na cidade de Volzhskii num hospital suburbano, embora oficialmente, com base nos documentos oficias, a sua terra natal é a cidade de Zhirnovsk, na região de Volgogrado. Seu aniversário é 11 de janeiro de 1996. O menino possui uma memória excepcional e uma incrível capacidade para captar novas informações. Contudo, os seus pais logo notaram que seu filho estava adquirindo esses informações inéditas, de algum outro lugar …

Foi então que Boriska disse sobre sua “vida anterior” em Marte, sobre o fato de que o planeta foi, de fato, habitada, mas como resultado das mais poderosas e destrutivas catástrofe, perdera sua atmosfera e que hoje todos os seus habitantes tiveram de viver em cidades subterrâneas. Interessantemente, Boriska acha que agora finalmente chegou o tempo para que os “seres especiais” nasçam na Terra. “O renascimento do planeta se aproxima. Novos conhecimentos virão em grande quantidade, trazendo uma mentalidade diferente para os terráqueos.” E suas previsões são de que “os pólos vão se inverter” . A primeira grande catástrofe com um dos continentes aconteceria em 2009. Próxima em 2013 e será ainda mais devastadora.

Para outros arautos do catastrofismo há uma notória insatisfação de "Deus" com a resistência ao evangelho cristão e, para punir os incrédulos, haverá o desaparecimento de bebês e crianças, provocando um caos mundial. Em 1991, Bill Lambert, diretor da Casa da Teosofia da Nova Inglaterra (EUA), afirmou que este evento será necessário para a evolução do planeta. Acidentes ocorrerão nas ruas e nas estradas, nas ferrovias, na aviação, nos portos etc. Tal como ocorreu no dia 11/09/2001 quando o World Trade Center foi alvo do maior atentado terrorista da história.

O progresso de todos os seres da criação é o objetivo de tudo que acontece. Tenhamos a consciência aberta ao bom-senso e procuremos entender o mundo à nossa volta, cientes de que a solidariedade é o verdadeiro laço social, não só para o presente, mas, como está em "Obras Póstumas" (Kardec), "estende-se ao passado e ao futuro, pois que os mesmos indivíduos se encontram e se encontrarão para juntos seguirem as vias do progresso, prestando mútuo concurso. Eis o que faz compreender o Espiritismo pela eqüitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres". Ou seja, a vida é feita de dificuldades, alegrias e provações, tudo no intuito da evolução e o simples aniquilamento de pessoas não me parece a melhor maneira de conseguir a melhoria do caráter do ser humano. Eu, você e Deus bem sabemos disso. Pena que alguns dirigentes não alcancem tal entendimento.

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sexta-feira, 6 de março de 2009

ANIMAIS RECEBEM TRATAMENTO ESPIRITUAL

Donos de animais doentes tem encontrado no centro espírita Vicente Cerverizo, na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo, uma ajuda diferente. O lugar é o único do Brasil que se tem notícia que oferece tratamento espiritual a animais de estimação. A afirmação é do veterinário Marcel Benedeti, presidente da Associação Espírita Amigos dos Animais (Asseama). Segundo ele, quaisquer animais são passíveis de tratamento espírita “uma vez que todos são seres que merecem atenção”, afirma Benedeti, segundo o qual "não é permitido tocar no assunto relacionado à medicina veterinária nem que alguém ali no trabalho é veterinário. Todos no grupo espírita são vegetarianos.

O perfil dos mascotes que são levados ao centro é bem parecido. Eles chegam lá depois de terem passado por diversos tratamentos sem sucesso. “As pessoas recorrem ao tratamento espiritual como meio de aliviar o sofrimento dos animais”, diz Benedeti, que costuma receber principalmente animais desenganados ou que foram recomendados para eutanásia. “É o último recurso”, diz ele. Os donos também têm algo em comum. “São pessoas sensíveis, que se preocupam com o bem-estar de seus animais”, observa Benedeti.

O aposentado Mário da Conceição, de 75 anos, conheceu o tratamento espiritual depois que encontrou na rua o setter irlandês Caramelo. “Levei ele para o veterinário, que constatou que Caramelo tinha problema no coração, no fígado, não enxergava e não ouvia direito e também não se firmava nas patas traseiras. Ele viveria por pouco tempo”, relembra. O cachorro, que já devia ter cerca de 12 anos quando foi achado, foi tratado com um veterinário homeopata e, com o tempo, apresentou melhora. Paralelamente ao tratamento, Mário levava Caramelo ao centro espírita. Quem também costuma frequentar o centro é o aposentado Antônio de Andrade, de 81 anos, dono de Diana e Juruna, um casal de fila brasileiro. A fêmea vem sendo submetida a um tratamento veterinário contra câncer há seis meses, período em que também passou a ir ao centro na Zona Norte. Recentemente, Diana perdeu o movimento das pernas. “Tentei erguê-la, mas não adiantou”. Agora, o tratamento espiritual da cadela será à distância.

As pessoas que se interessaram pelo tratamento devem começar fazendo um cadastro na Asseama. É preciso informar nome, endereço, raça, sexo e idade do bicho de estimação, para, depois, dar detalhes sobre o problema do animal. Neste momento, a pessoa se compromete a não comer carne nem oferecê-la ao mascote no dia marcado para o tratamento. Chegando ao centro, o tutor passa por nova entrevista e, em seguida, é encaminhado à sala de palestra, que dura cerca de 30 minutos. Após, o animal e o seu acompanhante entram em uma sala onde são submetidos a um tratamento por imposição de mãos durante um minuto.

Serviço : Associação Espírita Amigos dos Animais (Asseama), tel. (11) 2071-2590


A partir de reportagem do Portal G1. Leia texto integral

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domingo, 27 de julho de 2008

OS ESPÍRITOS TUDO SABEM E TUDO PODEM ?

Os espíritos tudo sabem e tudo podem? Quantas pessoas já fizeram essa pergunta, e já ouvimos diferentes respostas. Por exemplo: já ouvimos que os espíritos, não sendo mais do que as almas dos homens que já viveram na Terra, nada tem a nos ensinar. Já lemos em livros de autores estrangeiros, traduzidos para o nosso idioma, que os mortos nada tem a ensinar aos vivos, porque são mortos. Por outro lado já deparamos com um grande número de pessoas que acreditam, que ao desencarnar os espíritos passam a tudo saber e poder.

Na pergunta de n.° 238 de "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec perguntou: As percepções e conhecimentos dos espíritos são infinitos? Em uma palavra, sabem eles todas as coisas? A reposta foi: Quanto mais se aproximam da perfeição mais sabem – se são superiores, sabem muito. Os espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes em todos os assuntos. Deduzimos dessa resposta que estão errados aqueles que pensam, que basta ser um espírito desencarnado para ter toda a sabedoria possível e conhecer todas as coisas e assuntos. Este é um triste engano que tem levado muitas pessoas à sérias decepções, e pior ainda, culpam a Doutrina Espírita por isso. Se tivessem se dado ao trabalho de estudar um pouco o Espiritismo, se forrariam de tais decepções.

Por outro lado equivocam-se os que pensam que os espíritos não tem nada a nos ensinar, pois, tem e muito. A sua simples manifestação já nos ensina sobre a imortalidade do ser, imortalidade dinâmica que caminha para a perfeição. Apesar das advertências, ainda existem os que se fanatizam por espíritos e acham que eles tudo podem e sabem.(...).

Saber o princípio das coisas, ter domínio sobre o tempo e ter todas as percepções são coisas de espíritos muito evoluídos. Sabemos que eles se interessam por nós, aliviam nossos sofrimentos, nos aconselham, mas como eles conhecem as finalidades dos acontecimentos, não se angustiam como nós. Eles se entristecem, mesmo, quando nos rebelamos contra a vida e contra Deus, pois sabem que as conseqüências serão, a de nos atrasar na evolução e trazer mais dores em nosso caminho.Vale a pena ser espírita? Claro que sim, mas ser espírita com lucidez, amante do estudo, do conhecimento (...).

Não pode existir Espiritismo sem estudo, sem aplicação do aprendizado, sem transformação moral, sem o desenvolvimento das potencialidades do ser. Somos seres em desenvolvimento. Somos imperfeitos, mas perfectíveis, por isso, os pequenos gestos de bondade ajudam em nossa caminhada. O Espiritismo é uma terapia para a alma cansada, doente, aflita, é a terapêutica do amor. Como não pode existir Espiritismo sem estudo, também não pode existir Espiritismo sem amor. Se você decidiu, espontaneamente, ser espírita, seja-o por inteiro. Desenvolva a fé racional, tenha por lema a caridade, espalhe em torno dos teus passos a bondade e a esperança.

Amilcar del Chiaro Filho
Jornal Verdade e Luz, nº. 182 (Março de 2001)

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DO MARAVILHOSO E DO SOBRENATURAL

"Para os que consideram a matéria a única potência da Natureza, tudo o que não pode ser explicado pelas leis da matéria é maravilhoso, ou sobrenatural, e, para eles, maravilhoso é sinônimo de superstição". Allan Kardec. ( "O Livro dos Médiuns")

Os fenômenos mediúnicos são de todos os tempos e estão em todas as raças. Ao longo da história dos povos a intervenção dos Espíritos é como um sopro forte, agitando, sacudindo, alterando o clima psíquico dos homens. Essas presenças imateriais, constantes, vivas e atuantes entrevistas por muitos, pressentidas por outros, transformam-se, ao sabor das fantasias de mentes imaturas, em fatos maravilhosos e sobrenaturais coloridos com as tintas fortes da imaginação.

E à medida que o tempo avança a tradição oral se encarrega de transmitir os fatos maravilhosos de geração em geração. Muita coisa hoje considerada folclórica teve a sua origem em fatos mediúnicos, destes decorrendo superstições as mais diversas, profundamente enraizadas na alma do povo. Desde o feiticeiro, na mais antiga, remota e primitiva das aldeias indígenas, que pratica a sua medicina numa tentativa de esconjurar os maus Espíritos e atrair os bons, até o nosso sertanejo, o homem simples do povo, que e apega às simpatias para garantir a sua defesa contra os mesmos maus Espíritos e granjear a proteção dos bons, vemos o conhecimento espontâneo, intuitivo e natural que o ser humano tem da imortalidade da alma e da comunicabilidade entre os "mortos"e os vivos.

Embora muitas crendices tenham-se originado de fatos mediúnicos, há ainda uma enorme variedade de superstições que nada têm a ver com eles e são conseqüência da ignorância e do temor ante o desconhecido. Em decorrência surgiram as fórmulas mágicas, as simpatias, os talismãs como recursos de defesa.

A Doutrina Espírita tem explicação lógica e racional para todas as coisas e situações da vida. lançando luz sobre problemas considerados inextricáveis, esclarece com raciocínio claro tudo o que está ao alcance da mente humana. Essas explicações são simples e objetivas, despojadas de misticismo e quaisquer crendices. Não se justifica, portanto, que entre os espíritas sejam cultivadas certas crenças , sejam adotadas atitudes que constituem um misto de ritualismo superstições. É exatamente na prática mediúnica que mais se encontram estes resquícios.

A fé, sob o domínio do pensamento mágico, é novamente envolvida nos véus dos mistérios e, não sendo raciocinada, deixa de esclarecer e libertar. Concessões vão sendo feitas, gradativamente, até que ao final já não exista quase nada que lembre a Doutrina Espírita qual a deturpação e práticas estranhas enxertadas.

Não se justifica que a mediunidade seja encarada em nosso meio como alguma coisa sobrenatural e os médiuns como pessoas portadoras de um dom maravilhoso que as torna seres da parte, diferentes dos demais. Tudo isto é fruto, unicamente da falta de estudo. E quando os postulados básicos da Doutrina Espírita sequer são conhecidos, restará apenas o mediunismo ou o sincretismo religioso. Neste campo o maravilhoso e o sobrenatural imperam.

A Doutrina Espírita não é isto. Por essa razão não se pode postergar o estudo da obra de kardec, estudo este que deve ser metódico e constante. Pode ser que assim, penetrando no sentido cada vez mais profundo do que seja o Espiritismo no seu todo global, abrangente, consigamos um pouco do bom senso, de lógica e de firmeza.

Publicado originalmente na "Revista Reformador" (1995). Leia texto integral

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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

COMO É UMA SESSÃO ESPÍRITA

Por Marina Motomura
Edição: Lauro Henriques Jr.


Não existe uma regra geral que oriente a realização de uma sessão espírita. Elas costumam ser voltadas para um fim específico, como livrar uma pessoa do consumo de drogas ou da presença de um espírito indesejado. “O Espiritismo não tem nenhum tipo de ritual nem adota nenhuma fórmula”, diz Wlademir Lisso, diretor do departamento de Assistência Espiritual da Federação Espírita do Estado de São Paulo. No entanto, alguns personagens estão presentes em todas as sessões espíritas: o doutrinador, que orienta a realização da sessão; os médiuns, que dão passes e fazem comunicações mediúnicas (ligações entre os espíritos encarnados – vivos – e os desencarnados – mortos); e os fiéis.

O cenário onde ocorrem as sessões também costuma ter características próprias. Nas salas dos centros espíritas, estão dispostas cadeiras em círculos ou fileiras e uma mesa coberta com toalha branca, sobre a qual ficam um livro espírita, um jarro com água e um aparelho de som que costuma tocar músicas suaves, tudo iluminado sobriamente. As sessões são abertas por uma prece feita pelo doutrinador, que pede proteção aos espíritos de luz, seguida da leitura de trechos de livros espíritas ou da Bíblia e da vibração (concentração em pensamentos positivos). Uma nova prece agradece os espíritos e encerra a sessão. Em seguida, os médiuns dão passes nos fiéis. A água do jarro, que foi transformada pelos bons espíritos durante a vibração, pode ser bebida pelos fiéis após a sessão ou levada para casa em garrafas.

“O procedimento não é igual de centro para centro. Ao contrário do que se imagina, não é em toda sessão que os médiuns recebem espíritos”, afirma a antropóloga Ceres de Carvalho Medina, da PUC de São Paulo. Nem mesmo as preces feitas na abertura e encerramento das sessões são as mesmas. “Apesar de usar o Pai-Nosso do Cristianismo, os espíritas não fazem preces formais ou escritas”, diz ela.

A especialização das sessões segue os dois dos princípios básicos do Espiritismo: estudo e mediunidade. As sessões de estudo servem para interiorizar a doutrina espírita e incluem leitura, exposição de textos, debates, palestras e produção de artigos. “O Espiritismo é uma religião letrada, em que há valorização do estudo”, afirma a antropóloga Maria Laura de Castro Cavalcanti, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Prova disso é a preparação que os médiuns devem fazer antes de começar a atender os fiéis. “Nos centros mais rigorosos, eles fazem cursos de desenvolvimento mediúnico que podem durar até quatro anos”, diz Ceres.

A mais importante entre as sessões mediúnicas é a de desobsessão, em que o médium tenta tirar o domínio de um espírito sobre a pessoa. Na Federação Espírita de São Paulo, existem sessões específicas para atendimento de portadores do vírus HIV, usuários de drogas e pessoas com tendência ao suicídio. Há ainda sessões para cura de doenças e de psicografia de mensagens enviadas por espíritos.

Texto publicado no Especial 150 anos do Espiritismo - Volume 1 (pág. 8) - Seção "Questões d'além vida", do Almanque Abril, da Editora Abril.

Adquira aqui o Especial 150 anos do Espiritismo

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