Editor : Lauro Henriques Jr.
Quem não tem uma história de infância, própria ou de um conhecido, sobre amigos que resolveram se comunicar com espíritos por meio da brincadeira do copo? A grande maioria das pessoas tem. Assim como a maior parte delas não tem a menor idéia dos perigos envolvidos em tal prática, que pode acabar atraindo espíritos negativos que vão atazanar a vida dos participantes.
A brincadeira é simples: letras do alfabeto são dispostas em círculo, e, no centro, é colocado um copo, sobre o qual permanecem os dedos dos presentes; o espírito invocado, então, passa a mover o objeto ao longo das letras de modo a formar mensagens. O passatempo é simples e tão antigo quanto a curiosidade humana sobre o mundo dos mortos. Estima-se que jogos de comunicação com o plano espiritual – como pêndulos e as famosas tábuas Ouija – existam desde os primórdios da civilização. A brincadeira do copo seria apenas mais um deles. E, como seus similares, é condenada pelo Espiritismo.
Para os espíritas, o problema não estaria tanto na forma do jogo, mas, sim, no seu objetivo: um mero jogo de adivinhação. Muito praticado por crianças e adolescentes, envolveria apenas espíritos dispostos a solucionar questões primárias e irrelevantes. São bastante comuns, por exemplo, perguntas sobre o que as pessoas carregam no bolso. O risco estaria justamente nesse caráter fútil da brincadeira. “A comunicação com a dimensão espiritual deve estar cercada de todos os cuidados, e, em geral, a brincadeira do copo atrai somente espíritos levianos e brincalhões. Lidando-se com espíritos inferiores, o risco de surgir uma obsessão espiritual é alto”, afirma o médium Raphael Carneiro, ligado ao Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, e administrador do grupo de discussão virtual IRC-Espiritismo. “Essa simples brincadeira pode germinar um processo obsessivo, de conseqüências negativas e duradouras”.
Mas nem sempre a brincadeira do copo envolveria, de fato, um espírito. Muitas vezes, o “copo que anda sozinho” na verdade é movido pelos próprios participantes, inconscientemente, num fenômeno conhecido como ação ideomotora. Descrito pela primeira vez, no fim do século 19, pelo fisiologista inglês William Carpenter – e também aceito pelos estudiosos espíritas –, o efeito ideomotor nada mais é que uma ação muscular involuntária dos envolvidos no jogo, que movem o objeto que supostamente seria deslocado pela “entidade”.
Quem não tem uma história de infância, própria ou de um conhecido, sobre amigos que resolveram se comunicar com espíritos por meio da brincadeira do copo? A grande maioria das pessoas tem. Assim como a maior parte delas não tem a menor idéia dos perigos envolvidos em tal prática, que pode acabar atraindo espíritos negativos que vão atazanar a vida dos participantes.
A brincadeira é simples: letras do alfabeto são dispostas em círculo, e, no centro, é colocado um copo, sobre o qual permanecem os dedos dos presentes; o espírito invocado, então, passa a mover o objeto ao longo das letras de modo a formar mensagens. O passatempo é simples e tão antigo quanto a curiosidade humana sobre o mundo dos mortos. Estima-se que jogos de comunicação com o plano espiritual – como pêndulos e as famosas tábuas Ouija – existam desde os primórdios da civilização. A brincadeira do copo seria apenas mais um deles. E, como seus similares, é condenada pelo Espiritismo.
Para os espíritas, o problema não estaria tanto na forma do jogo, mas, sim, no seu objetivo: um mero jogo de adivinhação. Muito praticado por crianças e adolescentes, envolveria apenas espíritos dispostos a solucionar questões primárias e irrelevantes. São bastante comuns, por exemplo, perguntas sobre o que as pessoas carregam no bolso. O risco estaria justamente nesse caráter fútil da brincadeira. “A comunicação com a dimensão espiritual deve estar cercada de todos os cuidados, e, em geral, a brincadeira do copo atrai somente espíritos levianos e brincalhões. Lidando-se com espíritos inferiores, o risco de surgir uma obsessão espiritual é alto”, afirma o médium Raphael Carneiro, ligado ao Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, e administrador do grupo de discussão virtual IRC-Espiritismo. “Essa simples brincadeira pode germinar um processo obsessivo, de conseqüências negativas e duradouras”.
Mas nem sempre a brincadeira do copo envolveria, de fato, um espírito. Muitas vezes, o “copo que anda sozinho” na verdade é movido pelos próprios participantes, inconscientemente, num fenômeno conhecido como ação ideomotora. Descrito pela primeira vez, no fim do século 19, pelo fisiologista inglês William Carpenter – e também aceito pelos estudiosos espíritas –, o efeito ideomotor nada mais é que uma ação muscular involuntária dos envolvidos no jogo, que movem o objeto que supostamente seria deslocado pela “entidade”.
Texto publicado no Especial
"150 anos do Espiritismo" - Volume 1,
no Almanque Abril, da Editora Abril.
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