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segunda-feira, 30 de junho de 2008

A ESPIRITUALIDADE ESTÁ NAS PEQUENAS COISAS


Por mais que neguem os materialistas, a espiritualidade é um atributo que faz parte da essência do ser humano. Desde os tempos primitivos o Homem percebeu que existem forças que transcendem o seu domínio e passou a respeitar. Nasceram assim as crenças, os mitos, as “instituições religiosas”. Neste clima vários deuses disputavam o poder e a força do verdadeiro Deus.

Conquistando a razão, o homem percebia que sua experiência ultrapassava a realidade limitada pela experiência que os sentidos lhe permitia perceber. A vida transcendia a própria morte e as lembranças dos seu antepassados o faziam pressupor que uma vida futura deveria reunir a todos. Os séculos se sucederam sem que no entanto o ser humano conseguisse atravessar a fronteira da morte sem temor e sobressaltos. A espiritualidade permanecia como uma conquista sempre adiada para depois, uma viagem sem volta.

A caminhada de Jesus pela Terra traçou rumos, comprovou a imortalidade e dialogou com os Espíritos. Nos dias de hoje as palavras do Cristo de novo ressoam : Deus existe, a vida continua, que somos espíritos imortais e que este mundo e o “outro” se relacionam num vai e vem de interferências múltiplas. A espiritualidade, quando avaliada cientificamente, esbarra, porém, em uma série de dificuldades. A religião implica numa organização institucional. Nas religiões tradicionais são prescritas crenças, dogmas, ituais, práticas litúrgicas e compromissos sociais.

Cada indivíduo pode ser caracterizado por sua religiosidade, sem, no entanto, manter um vínculo estreito com a espiritualidade. A vivência espiritual é uma experiência subjetiva, individual, particular, que algumas vezes pode ser compartilhada com os outros. Algumas pessoas experienciam sua espiritualidade como um assunto altamente pessoal e privado. Espiritualidade não envolve religião necessariamente. Para uns, a espiritualidade se manifesta no pisar na relva descalço ou caminhar pela noite solitário, para outros, será um momento de contemplação, de meditação, uma reflexão profunda sobre o sentido da vida, uma sensação de íntima conexão com o que pensa amar.

No Brasil, podemos afirmar que, em termos de “experiência espiritual”, nada supera a mediunidade. Entre nós, parece que a espiritualidade convive dentro de casa dirigindo cada passo de nossas vidas. Pelos nossos médiuns os recados do outro lado tem sido tão freqüentes que as portas da morte não isolam mais nosso contacto com os que mais amamos.

Entre nós é corriqueira a comprovação da comunicação com o “outro lado da vida”. Qualquer cientista sem preconceito pode sistematizar suas observações e confirmar que na “prática”, nas crenças” e nas “experiências espirituais” nos seus vários matizes, a espiritualidade toda se manifesta, revelando a centelha imortal que habita em todos nós.
Nubor Orlando Facure
O autor é neurocirurgião, professor aposentado da Unicamp, presidente e fundador do "Instituto do Cérebro" (Campinas-SP). É palestrante em casas espíritas e instituições acadêmicas. Leia texto integral

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