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domingo, 6 de julho de 2008

SONHOS : SENSAÇÕES DO FUNDO DA ALMA


Sonho... Oii!! Eu tive um sonho e gostaria de perguntar a tua opinião. Final de março sonhei que estava chegando num lugar (parecia uma praça), tinha muita gente, todos me cumprimentando, falando meu nome. Eu não conhecia ninguem. Até que eu fui andando e sentei em um banco onde estava sentada uma senhora, de uns 45 anos, cabelos claro, chanel. Ela falou um monte de coisas.. mas me lembro apenas de umas partes!! Ela me falou que em outra vida era casada com Antonio.. (eu cheguei a ver esse Antonio, era um rapaz ruivo e eu estava abraçando ele!!!). Mas no final ela me falou: Cuida do Antonio pra mim, cuida do Antonio pra mim, cuida do Antonio pra mim!! Só que a treceira vez que ela falou o "cuida do Antonio pra mim", eu estava acordando e ouvi a voz dela dentro do meu quarto como se ela estivesse ali!!! Não dei muita importancia pro sonho. Até comentei com minha mãe, e falei pra ela que parecia que eu teria um filho ou namorado que eu teria de cuidar!! Mas, passado um mês desse sonho, meu pai que se chama Antonio descobriu que estava doente.. Mas eu não associei o nome do meu pai com o sonho pois estava tudo bem com ele.. Mas eu acho que foi um aviso..O que podes me falar sobre meu sonho?? Ficarei muito agradecida com a tua resposta!! Obrigada!! De: Patrícia (Comunidade Partida e Chegada)


O que tenho para lhe dizer é o entendimento que temos do mistério da vida e, portanto, não uma verdade absoluta. Afinal, a criação desejou que nossas reencarnações tivessem o véu do esquecimento para facilitar nossa evolução. Mas a pergunta constante em nossa página é justamente "o que fazemos quando dormimos?" Pergunta muito comum e para a qual muitos de nós não temos resposta. E a verdade é que há tantas teorias a respeito do sono e dos sonhos que até ajudam a confundir.

Kardec, perguntado aos espíritos sobre o assunto, estes responderam, em "O Livro dos Espíritos", que o "sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono." O sono liberta, parcialmente, a alma do corpo permitindo-lhe entrar em relação com o mundo dos espíritos. Através dos sonhos, poderemos visitar entes queridos já desencarnados, ir a países distantes, entrar em contato com pessoas vivas.

A alma, independente durante o sono, procura sempre seus interesses. Busca as orgias, quando são se seu interesse, ou vai em busca de luz e esclarecimento em companhia de espíritos elevados. Mesmo quando dorme, a alma mantém seu livre-arbítrio, sua livre vontade.Mas, por que nem sempre nos lembramos dos sonhos? Será porque não sonhamos?

Sendo o corpo físico constituído de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos sentidos do corpo. Ou seja : as vibrações do espírito parcialmente liberto pelo sono são distintas das vibrações do espírito revestido do corpo. Isso explica porque, muitas vezes, o sonho é lúcido, repleto de cores, sons, imagens, e quando acordamos perdemos totalmente a lembrança. Ficamos apenas com as sensações no fundo da alma.

O cérebro, que é o instrumento pelo qual a mente se expressa em nível físico, é ainda muito grosseiro para registrar as impressões sutis que a mente liberta é capaz de registrar. É como se o cérebro não conseguisse decodificar as informações que lhe chegam durante o desprendimento pelo sono. Por esse motivo é que alguns sonhos nos parecem truncados, sem nexo, ou com grandes lacunas. É por isso também, que misturamos coisas e fatos do dia-a-dia com outras que não dizem respeito ao nosso mundo físico.

Pessoas há, que sonham com determinada situação e essa situação se concretiza no decorrer dos dias. São os chamados sonhos premonitórios. O espírito antevê, durante o sonho, o que irá ocorrer no dia seguinte, nos próximos dias, ou em futuro distante.

É comum e correta a frase "morremos todas as noites através do sono". Quando, pelo morte, se romperem em definitivo os laços que unem o corpo à alma, esta estará "liberta". É no sonho que muitos gênios vão buscar inspiração para suas invenções. Isso explica porque é que uma idéia, não raro, surge em diversos pontos do Planeta.

No teu caso, me parece que, sim, certamente, os sonhos foram contatos efetivos com uma pessoa em outro plano. E, aparentemente, a maneira como escolheu para se manifestar é um indicativo de que o "Antonio"' de quem falava seja seu pai. Sabemos que, em nossas vidas sucessivas, somos ligados a pessoas que nos são afins, por uma ou várias encarnações. E estes laços permanecem onde quer que estejamos. Uma ligação que, suponho, exista entre vocês e seu pai, mas também entre esta mulher e ele. Uma forte ligação que a faz transpor o caminho entre os dois planos e lhe passar uma mensagem que, possivelmente, faz parte de sua própria missão nesta vida. Isto porque, quando nos preparamos para a reencarnação, assumimos compromissos os quais certamente não lembraremos depois, mas que estão em nosso íntimo e que contituem um degrau em nossa caminhada.

Não sei qual a relação entre vocês, mas, ainda que seja boa e amorosa, não ignore tal mensagem, pois nada mais é do que um clamor de quem o ama profundamente. E, por amá-lo tanto assim, pede que você também o ame, com compaixão e paciência.

A partir de "O Livro dos Espíritos" (Questão 400 e ss.) e do artigo "Sonhos", de Momento Espírita

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

SONO E SONHOS

Um terço de nossas vidas passamos em repouso, dormindo.

Organicamente a nossa constituição biológica exige repouso sistemático, necessário a reorganização molecular, através de um procedimento inercial em todos os setores organizados da vasta rede funcional que nos serve. A esse repouso sistemático denominamos “sono”.

É muito importante a compreensão e o estudo do sono e dos sonhos para um conhecimento mais amplo do fenômeno da emancipação da alma e das experiências vivenciadas pelo Espírito neste estado de liberdade.

O sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos.

Isto porque, durante o sono, a nossa alma se irradia e emancipa-se parcialmente do vaso físico, podendo se movimentar livremente pelo espaço, encontrando todas as possibilidades de relacionamento com encarnado e desencarnado, vivenciando realidades cujos reflexos em maior ou menor intensidade, acabam ‘vazando’ para o nosso consciente, de forma intensa ou fragmentada, resultando em lembranças as quais denominamos de “sonhos”.

Na Revista Espírita de Dezembro de 1858, temos a seguinte matéria:

Pobres homens que poucos conheceis os fenômenos mais comuns que fazem vossa vida! Credes ser bem sábios, credes possuir uma vasta erudição, e a esta pergunta de todas as crianças: Que fazemos quando dormimos? O que são os sonhos? Permaneceis interditados. Não tenho a pretensão de vos fazer compreender o que vou vos explicar, porque há coisas às quais vosso Espírito não pode ainda se submeter, não admitindo senão o que compreende.

O sono liberta inteiramente a alma do corpo. Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que se acha de um modo fixo depois da morte.

Os Espíritos que são logo desligados da matéria em sua morte, tiveram sonos inteligentes; aqueles, quando dormem, juntam-se à sociedade de outros seres superiores a eles: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram prontas quando morrem. Isso deve nos ensinar, uma vez mais, a não temermos a morte, porque morreis todos os dias, segundo a palavra de um santo.

É assim para os Espíritos elevados; mas para a massa dos homens que na morte devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza da qual vos falaram, aqueles vão, seja em mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições o chamam, seja procurar prazeres talvez ainda mais baixos que aqueles que têm aqui; vão haurir doutrinas mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que aquelas que professam em vosso meio.

E o que faz a simpatia na Terra não é outra coisa senão esse fato, que se sente ao despertar, de se aproximar pelo coração daqueles com quem viemos de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer.

O que explica essas antipatias invencíveis, é que se sabe, no fundo de seu coração, que aquelas pessoas têm uma outra consciência que a nossa porque são conhecidas sem tê-las jamais visto com os olhos. É ainda o que explica a indiferença, uma vez que não se deseja fazer novos amigos, quando se sabe que existem outros que vos amam e que vos querem. Em uma palavra, o sono influi mais que pensais em vossa vida. Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, se encarnarem entre vós. Deus quis que, durante seu contato com o vício, eles possam ir se retemperarem nas fontes do bem, para eles mesmos não falirem, eles que vêm instruir os outros.

O sono é a porta que Deus lhes abre até os amigos do céu; é a recreação depois do trabalho, na espera da grande libertação, a liberação final que deverá devolvê-los ao seu verdadeiro meio.

O sonho é a lembrança daquilo que vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que não sonhais sempre, porque não vos lembrais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes. Vossa alma não está em todo desenvolvimento; não é, freqüentemente, senão a lembrança de uma perturbação que acompanha vossa partida ou vossa reentrada, à qual se junta a do que fizestes ou do que vos preocupou no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses sonhos absurdos que têm os mais sábios como os mais simples? Os maus Espíritos se servem também dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.

O sonho é a porta aberta pela qual se vislumbra o mundo espiritual e a dimensão que freqüentamos durante o repouso do nossa vaso físico.

Ademir Munhoz
(*) Ademir Munhoz é advogado, perito judicial e um estudioso da Doutrina Espírita. Palestrante e dirigente, atua na região de Sorocaba (SP) e, no dia 31 de agosto de 2007, proferirá palestra sobre o tema "Sono e Sonho", no "Centro Espírita Leonor", à rua Sevilha 67 (final da Avenida Nogueira Padilha), em Sorocaba.
Fonte: Livros dos Espíritos; Revista Espírita.

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